terça-feira, 2 de junho de 2009

PELO DIREITO DE SENTIR-SE TRISTE


Por: Larissa Forni dos Santos


Vivemos em mundo rodeado de informações, que podem nos servir para ajudar efetivamente ou nos deixar aflitos e cheios de dúvidas. Isso também acontece muito com o grande acesso ao “Dr. Google”.

As informações adquiridas por meio de sites, às vezes nos deixam com mais dúvidas do que antes de consultá-los, isso acontece porque nem sempre temos conhecimento suficiente sobre o tema pesquisado e nem sempre os sites oferecem informações seguras.

Com a popularização desse tipo de pesquisa e também pelo amplo espaço que o tema depressão tem tomado na mídia em geral, podemos pensar que não existe mais o direito de sentir-se triste em uma era em que existe a “pílula da felicidade” e, que devemos estar sempre bem dispostos e sorridentes para enfrentar os dilemas do cotidiano.

Porém, existem situações em que sentir-se triste é necessário e saudável, como no caso de perder um ente querido, ficar desempregado, terminar um relacionamento, brigar com alguém ou não conseguir alcançar um objetivo muito esperado. A qualquer sinal de tristeza sempre haverá alguma pessoa para dizer: “xi... você está deprimido hoje”.

Depressão é uma doença e merece atenção de especialistas, seu sintoma mais conhecido é a anedonia, ou seja, a dificuldade em sentir prazer em atividades que antes lhe eram prazerosas. Além dela, a pessoa com depressão sente uma grande tristeza sem motivo aparente, falta ou excesso de apetite e sono, sentimento de menos-valia e baixa auto-estima. Esses sintomas devem persistir por, no mínimo, duas semanas.

Seu tratamento é constituído por psicoterapia a fim de rever as questões que podem levar a essa falta de perspectiva, pensando em rearranjos possíveis para estabelecer novos objetivos em sua vida. Em casos mais graves são usados medicamentos anti-depressivos, segundo prescrição médica.

Assim, devemos pensar que temos o direito de nos sentirmos tristes algumas, ou muitas vezes, durante nossa vida, sem que isso caracterize um quadro depressivo, uma doença.


Um comentário:

Anônimo disse...

Larissa, valeu!
beth