terça-feira, 26 de maio de 2009

ALERTA CONTRA O BULLYING

Por: Christiana Gonçalves Meira de Almeida

É comum vermos na mídia diversos tipos de violência. Além da violência explícita e mais fácil de identificar está a violência velada que também gera muito sofrimento às vítimas.

Como parte da violência velada podemos citar o bullying.

Bullying pode ser entendido como um conjunto de comportamentos agressivos caracterizados por e desequilíbrio de poder, no qual a vítima não consegue se defender por ser menor de estatura ou forma física, minoria, não ter repertório para saber como se defender de modo que isso não volte o ocorrer, etc.

Dito de outra forma o bullying é uma prática de intimidação e humilhação, sendo uma forma de abuso físico , psicológico e social.

 Pensamos ser um tema importante para trazer a discussão, pois esse fenômeno  pode ser observado em vários contextos ( por exemplo, escolas, família, organizações de trabalho, asilos) e as conseqüências para as vítimas pode ser muito negativa. Depressão, ansiedade, estresse,  perda de auto-estima, problemas de relacionamento, abuso de drogas e álcool podem ser alguns dos problemas gerados para as vítimas.

O bullying pode estar presente até mesmo em ambientes virtuais o que pode tornar o sofrimento da vítima ainda maior pois o agressor pode permanecer no anonimato.

 

A seguir citaremos alguns sinais que podem indicar que a criança é vítima de bullying  para que pais e professores fiquem atentos a essa situação. Mas vale ressaltar que esse fenômeno não corre apenas em crianças.

 

Alguns sinais em crianças são:

  • Demonstrar falta de vontade de ir à escola;
  • Pede para trocar de escola;
  • Pede para ser levado à escola;
  • Apresenta baixo-rendimento escolar;
  • Parece angustiado, ansioso ou deprimido;
  • Tem pesadelos constantes, que podem ser acompanhados por pedidos de socorro;
  • Volta da escola repetidamente com materiais e roupas sujas e rasgadas ou até mesmo ferimentos sem explicações convincentes.

Para ser vítima de bullying não é necessário que todos esses sinais apareçam juntos, mas eles podem ser sinal de alerta.

No Brasil são poucos os programas educacionais para prevenir e combater o bullying. Por isso vale citar a iniciativa da ABRAPIA em parceria com a Petrobras que desenvolveram em 11 escolas no Rio e Janeiro um programa de prevenção contra comportamento agressivo entre estudantes. As escolas puderam traçar estratégias incluindo abordagem dos alunos por professores em sala de aula e elaboração de atividades práticas.

Os pais devem apoiar o filho, abrindo espaço para ele falar sobre o sofrimento de estar sendo rejeitado pelos colegas e buscar junto à criança e à escola soluções para o problema. Muitos pais incentivam o filho a se defender revidando as humilhações e agressões, contudo, como aponta Lopes Neto, coordenador da ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência): “Obrigar o filho a enfrentar os agressores pode  não ser  a melhor solução, visto que ele está fragilizado, ou seja, corre o risco de sofrer uma frustração ainda maior”, Por outro lado, fazer de conta que não existe bullying ou outro tipo de violência psicológica na escola pode ser, de certo modo, autorizar a prática de mais violência.

Caso , seu filho seja um autor de bullying garanta que irá ajudá-lo. Xingar e bater pode não ser a melhor saída. Tente entender porque ele tem essas atitudes. É importante  estabelecer limites aa criança, encorajá-lo a pedir desculpas. Demonstrar reprovação a esse comportamento agressivos e aprovação e elogios as qualidades  e atitudes socialmente adequadas que a criança vier a demonstrar.

Tanto para vítima quanto para o autor de bullying o apoio profissional do psicólogo pode ser útil para auxiliar os pais e a criança nesse momento.

Para saber mais visite:

www.abrapia.org.br

 www.bullying.com.br

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