terça-feira, 16 de junho de 2009

QUANDO O TRABALHO SE TORNA ESTRESSANTE


Por: Larissa Forni dos Santos


No cotidiano de trabalho é provável que o profissional acabe se deparando com situações desagradáveis que tendem a gerar uma sensação de mal estar, desanimo e outras repercussões é como:

- Estresse, que pode ser definido como a soma de reações biológicas a um estímulo adverso, físico, emocional ou mental, interno ou externo, que tende a perturbar a homeostase do organismo.

- Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das conseqüências mais marcantes do estresse profissional. Caracteriza-se por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e apatia ou insensibilidade com relação a quase tudo e todos.

O termo inglês burnout é uma composição de burn (queima) e out (exterior), sugerindo assim que a pessoa acometida consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço. Essa síndrome corresponde, portanto, a um tipo particular de estresse ocupacional e institucional, e acomete preferencialmente os profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando essa atividade é considerada de ajuda (enfermeiros, médicos, professores, psicoterapeutas, assistentes sociais, comerciários, bombeiros, carcereiros, funcionários de departamento pessoal). São profissões que envolvem um contato interpessoal mais exigente, por vezes muito próximo e íntimo, tais como os trabalhadores de saúde. Originalmente considerava-se que essa síndrome tinha predileção por profissionais que exercem atividades de ajuda, mas contemporaneamente os estudos já a estendem a todos profissionais que interagem de forma ativa com pessoas, que cuidam e/ou solucionam problemas de outros, ou que obedecem técnicas e métodos mais exigentes e atuam em organizações de trabalho submetidas a avaliações regulares.

Definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho, essa doença faz com que a pessoa perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixam de ter importância e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil. Entre os fatores aparentemente associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout está a pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com as chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho e família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe.

De acordo com Seligmann-Silva, importante estudiosa do assunto, o trabalho conforme a situação, tanto poderá fortalecer a saúde mental quanto levar a distúrbios que se expressarão coletivamente em termos psicossociais e/ou individuais, em manifestações psicossomáticas ou psiquiátricas.

Para evitar o aparecimento de sintomas da Síndrome de “Burnout” e amenizar as dificuldades relacionadas ao trabalho, algumas medidas podem ser tomadas, tais como: - Reuniões freqüentes com a equipe,

- Conhecimento das limitações pessoais de cada um,

- Solicitar ajuda de outro profissional da equipe

- Se necessário, procurar por suporte psicológico com o objetivo de pensar nas relações de trabalho e poder encontrar alternativas para fortificar esse profissional para enfrentar as adversidades do cotidiano de trabalho.

domingo, 7 de junho de 2009

QUANDO DESCOBRIMOS QUE SOMOS FRACOS

Por: Nichollas Martins Areco


“Abro a revista e vejo quantas pessoas são mais belas, mais bem vestidas, têm casas maiores e muito mais bem servidas que a minha”.
“Hoje entrei na internet e em uma página muito famosa estava uma notícia sobre aquele milionário que comprou um iate e fez uma grande festa de inauguração”.
“Oi, desculpe, eu não pude te ligar na semana passada, eu estou fazendo um curso de inglês e outro que a empresa oferece, pois preciso melhorar meu currículo. Por que a gente não marca um encontro para o mês que vem?”
Certamente você já deve ter ouvido alguém dizer frases parecidas com essas, ou mesmo já deve ter pensando em o quanto você precisa melhorar, o quanto é necessário ser o melhor no seu ramo profissional, nas suas relações, ter dinheiro, reconhecimento, enfim, devemos ser melhores e tudo.
Em nome dessa pretensão perfeição, sofremos com nossos erros e falhas, não nos permitimos momentos de ócio e o lazer deve sempre seguir a ultima moda, e de preferência deve nos ajudar a manter uma forma física digna dos Deuses do Olímpo. Entretanto nos esquecemos que estas divindades também tinham suas fraquezas e imperfeições, e, apesar de terem super poderes eram obrigados a lidar com seus limites.
Bolt – O super cão, produzido pelos Estúdios Disney (já disponível em DVD), retrata a vida de um cachorro que protagoniza um programa de televisão, e usando seus poderes fantásticos, deve proteger a menina Penny das garras dos vilões.
Entretanto o herói não sabe que sua vida cheia de aventuras mirabolantes e suas qualidades são apenas obra de ficção. E pensando que sua dona estava em perigo, foge e acaba indo para do outro lado do país, deparado coma aterradora realidade que tudo aquilo que acreditava que era não existe, e ao lado da gata Mittens e do hamister Rhino, descobre que não tem nenhuma qualidade incomum e que é um cachorro como todos os outros, e justamente aí descobre que pode ir mais longe.
A animação mostra de forma simples que não é preciso perseguir formas idealizadas de existência, uma vez que a nossa singularidade é rica de potências a serem descobertas e desenvolvidas, e que experimentar limitações e dificuldades faz parte da vida. São justamente as imperfeições, as falhas, as necessidades, as barreiras e empecilhos que nos leva ao desenvolvimento, e a nos tornarmos própriamente humanos.

terça-feira, 2 de junho de 2009

PELO DIREITO DE SENTIR-SE TRISTE


Por: Larissa Forni dos Santos


Vivemos em mundo rodeado de informações, que podem nos servir para ajudar efetivamente ou nos deixar aflitos e cheios de dúvidas. Isso também acontece muito com o grande acesso ao “Dr. Google”.

As informações adquiridas por meio de sites, às vezes nos deixam com mais dúvidas do que antes de consultá-los, isso acontece porque nem sempre temos conhecimento suficiente sobre o tema pesquisado e nem sempre os sites oferecem informações seguras.

Com a popularização desse tipo de pesquisa e também pelo amplo espaço que o tema depressão tem tomado na mídia em geral, podemos pensar que não existe mais o direito de sentir-se triste em uma era em que existe a “pílula da felicidade” e, que devemos estar sempre bem dispostos e sorridentes para enfrentar os dilemas do cotidiano.

Porém, existem situações em que sentir-se triste é necessário e saudável, como no caso de perder um ente querido, ficar desempregado, terminar um relacionamento, brigar com alguém ou não conseguir alcançar um objetivo muito esperado. A qualquer sinal de tristeza sempre haverá alguma pessoa para dizer: “xi... você está deprimido hoje”.

Depressão é uma doença e merece atenção de especialistas, seu sintoma mais conhecido é a anedonia, ou seja, a dificuldade em sentir prazer em atividades que antes lhe eram prazerosas. Além dela, a pessoa com depressão sente uma grande tristeza sem motivo aparente, falta ou excesso de apetite e sono, sentimento de menos-valia e baixa auto-estima. Esses sintomas devem persistir por, no mínimo, duas semanas.

Seu tratamento é constituído por psicoterapia a fim de rever as questões que podem levar a essa falta de perspectiva, pensando em rearranjos possíveis para estabelecer novos objetivos em sua vida. Em casos mais graves são usados medicamentos anti-depressivos, segundo prescrição médica.

Assim, devemos pensar que temos o direito de nos sentirmos tristes algumas, ou muitas vezes, durante nossa vida, sem que isso caracterize um quadro depressivo, uma doença.